sábado, 15 de novembro de 2014

CASA LAR DOM DA NEUSA recebe doações.

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Cuidadora precisa de auxílio
13/11/2014
Mais do que atenção e profissionalismo, cuidar de idosos requer uma alta dose de dedicação. Quase sempre acometidos de enfermidades que os tornam dependentes de ajuda, pessoas em idade avançada precisam ter alguém com quem contar praticamente todo o tempo, além da necessidade de carinho, muitas vezes não suprida pelos familiares. Há cinco anos Neusa Maria Brito resolveu se dedicar a tornar um pouco mais digno este período da vida de pessoas com dificuldades de saúde. Mas, para continuar seu trabalho, agora ela precisa também de ajuda.
Hoje com 50 anos, a gaivotense resolveu abandonar os serviços de faxina para exercer o que considera um dom que a acompanha desde cedo. “Quando mais nova eu era praticamente a única neta a visitar meu avô. Sempre gostei da companhia de pessoas idosas”, afirma ela, que hoje reside na casa de número 881 da rua Santa Rita de Cássia, no Centro de Gaivota.
Depois de um período cuidando de idosos na residência de suas famílias, transformou a própria casa no Lar Dom da Neusa, onde os cuidados aos idosos poderiam ser em tempo integral e com maior qualidade. Com seis quartos, banheiros, cozinha e sala de estar bastante amplas e uma área para banho de sol, o imóvel bem cuidado recebe hoje cinco internos com idade entre 50 e 87 anos e com vaga para outros dois. “Conto com a ajuda dos meus filhos Tamilis, de 26 e Luís Felipe, de 20. Ela, inclusive, está fazendo curso de enfermagem para poder qualificar ainda mais os cuidados”, explica Neusa.
Segundo a cuidadora, o trabalho recebe grande apoio de profissionais da Secretaria de Saúde do município, além da própria comunidade. “Nosso trabalho é feito em conjunto. As camas hospitalares que temos, por exemplo, são emprestadas”, afirma.
Carinho e atenção

Os cinco internos – Tio Dera (50, deficiente), Santina (75), Jovina (87), Alaíde (70) e Manoel (75) – vêm de diferentes municípios e são mantidos no Lar com contribuição de suas famílias, que eventualmente os visitam e acompanham seu estado de saúde. “No hospital me mandaram embora para morrer em casa. Vim pra cá em dezembro e aqui eles me tratam muito bem”, conta dona Jovina Pacheco, que é de Balneário Gaivota. Segundo Neusa, quando chegou a idosa apresentava diarreia, feridas no cóccix e um dos braços bastante inchado. “Conseguimos cessar a diarreia, a ferida cicatrizou e o braço desinchou”, afirma Neusa, salientando o nível de dedicação e cuidados com os internos. “Quando entram aqui, eles se tornam parte da família.”
Antes morando em Araranguá, seu Manoel Bento Homem chegou em novembro de 2013 com uma das pernas já amputada devido ao diabetes e o pé da outra perna com feridas abertas. No Lar, o pé melhorou, embora uma crise causada pela baixa concentração de glicose no sangue o tenha levado de volta ao hospital. “Quando fiquei no hospital, não conseguia nem comer. Aqui na Neusa me tratam muito bem, estão sempre cuidando da gente... senão já teria morrido”, afirma seu Manoel, num misto de graça e emoção. “Sempre fui muito emotivo, muito chorão”, brinca.
Depois de passar por um curso de cabeleireiro e manicure, é Tamilis que corta os cabelos e, quando a saúde delas permite, faz as unhas das idosas. “Cuidamos também da beleza deles. Eles merecem”, afirma Neusa.
Tudo em dia

Atenta às necessidades de cada interno, Neusa diz que é frequentadora de postos de saúde e hospitais, e que profissionais de saúde destas instituições já a conhecem.
Ela faz questão também de mostrar na parede cada um dos documentos e autorizações necessárias para seu funcionamento, estando legalizada para atuar como cuidadora de idosos.
Mas nem sempre é possível realizar os cuidados do modo como quer. “Encontramos dificuldade para comprar roupas de cama e leite, mas toda ajuda que vier será bem recebida”, afirma ela, que busca o apoio da população através do Grupo Correio do Sul.
De acordo com Neusa, seu sonho é ampliar ainda mais sua residência, possibilitando a acomodação de mais idosos para ficar sob os cuidados de sua família. “Existem ainda muitas pessoas que precisam da gente”, afirma.
Para contribuir com o trabalho realizado no Lar Dom da Neusa, os contatos podem ser efetuados através dos números (48) 3583 0101 e 8805 3736.
Fonte: Correio Do Sul.
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