quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Anoir de Souza Batista


Autor: Rafael Andrade
Balneário Gaivota

Família procura homem desaparecido


Funcionário da prefeitura de 60 anos sumiu no último dia 2. Familiares estão desesperados pela falta de notícia


Com dificuldade de andar, olhar de preocupação, lágrimas trancafiadas e angústia extrema, Verônica Batista Rodrigues, de 60 anos, à base de remédios conta as horas desde que o seu marido, Anoir de Souza Batista, 60, desapareceu no último dia 2. Ele é funcionário da prefeitura de Balneário Gaivota e atuava como vigia das 22 às 6 horas. No dia em que saiu de casa, em seu Fiat Bravo, Anoir disse à esposa que iria ‘refrescar a cabeça’, passaria no Banco do Brasil para sacar o salário do mês de novembro e o seu décimo terceiro e, em seguida, iria trabalhar. Nunca mais apareceu.
O caso já foi registrado na Polícia Civil de Gaivota, mas os investigadores ainda não sabem o que aconteceu com o servidor público e o carro também não foi encontrado. O que chama a atenção no caso é que Anoir não tem problemas de saúde, Alzheimer ou amnésia. Levava uma vida tranquila e, segundo a esposa, não tinha inimigos. No entanto, um fato que ocorreu no dia do sumiço do vigia pode ter servido de motivo: uma discussão entre ele e seu filho de 22 anos, usuário de crack e que mora na casa dos pais. “Meu filho precisa de uma internação urgente. No dia 2 de dezembro, às 17h30min, ele e meu marido bateram boca de uma maneira mais forte. Não houve agressão física, porém os ânimos ficaram bem exaltados. Foi por causa do envolvimento nas drogas do meu rapaz”, lembra Verônica.
“O meu irmão chegava a roubar de dentro de casa e em outros lugares para sustentar o vício da pedra. Inclusive, ele ameaçou o pai de morte duas vezes. Chegamos a dar uma pressionada nele a respeito do desaparecimento, mas disse não saber de nada e não estar envolvido. Suplico por pistas que possam levar ao seu paradeiro. A situação está complicada, principalmente porque a minha mãe ficou muito doente depois da sua partida. Ainda temos esperança de que esteja vivo”, diz Vanoir Rodrigues Batista.
O funcionário público é casado há 40 anos, tem cinco filhos e oito netos. “ Fui convidada a passar o Natal na casa das filhas e netos, mas não tenho motivo para comemorar. Na verdade não quero sair de casa, pois a todo momento abro a porta e tenho fé de que o meu marido vai chegar. De repente ele volta para mim”, suspira Verônica com voz trêmula e olhar perdido.
Não houve registros, nos últimos dias, de homicídio na região ou corpo encontrado de alguém com as características de Anoir. Ele tem família em Torres, mas não há informações de que tenha aparecido por lá. “Tememos pelo pior, mas acreditamos veemente na sua volta”, resume Vanoir.

Se alguém souber de algo que possa levar ao paradeiro de Anoir pode entrar em contato com a Polícia Militar ligando para o 190.