terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Águas-vivas em Balneário Gaivota


      Cresce o número de lesões por águas-vivas em Balneário Gaivota

No meio da temporada de verão, foram registrados quatro vezes mais casos no Estado do que entre outubro de 2013 e abril de 2014, influenciados pelo aquecimento da água e pela corrente marítima



Um beliscãozinho leve seguido de uma ardência na pele. Em seguida, vermelhidão. É do que se queixam banhistas atingidos pelas águas-vivas, também chamadas de mãe-d’água ou medusas e que no final de semana apareceram em grande número em praias de Santa Catarina.
A maior incidência neste verão está no Litoral Sul – entre Passo de Torres e Balneário Rincão – onde em um só dia foram registrados cerca de 600 casos. Quem neste final de semana caminhou pelas praias de Balneário Gaivota encontrou muitos exemplares de água-viva mortos nas areias. 
Mesmo que aparentemente sem vida, o recomendável é não tocar. Do contato com os filamentos transparentes resultam bolhas e sensação de queimadura, que podem provocar náusea, vômitos, tonturas.
Animais costumam se aproximar em grupos
Os registros das ocorrências nesta temporada estão no site do Corpo dos Bombeiros. Devido ao recesso, uma atualização mais completa deve ocorrer nesta segunda-feira.
A ocorrência esta ligada ao aumento de temperatura da água. Especialistas relacionam o aparecimento ao aquecimento global, ao vento e às correntes marítimas.
O conselho dos guarda-vidas é para que os banhistas atentem para a presença da água-viva, uma vez que não existe o que fazer a não ser esperar que as correntes mudem e a espécie se afaste da costa. A presença de uma certa quantidade deve servir de alerta, pois a reprodução nunca ocorre isoladamente.